Perfil e tendência temporal de internação por uso de substâncias psicoativas no Brasil, entre 2008-2021
DOI:
https://doi.org/10.14295/vittalle.v36i2.17594Palabras clave:
substâncias psicoativas, Brasil, internaçãoResumen
O uso abusivo de substâncias psicoativas está inserido em diversos contextos e influenciado por diferentes fatores, sendo um problema socioeconômico que gera altos custos à saúde. O objetivo do estudo foi analisar o perfil e a tendência temporal de internação hospitalar por substâncias psicoativas no Brasil entre 2008–2021. Foi realizado um estudo ecológico, com análise do perfil populacional e tendência temporal. Foram analisadas 814.230 internações hospitalares por transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de outras substâncias psicoativas no Brasil entre 2008-2021, segundo o Sistema de Informações Hospitalares do DATASUS. A análise estatística foi realizada por regressão linear. O nível de significância estabelecido foi o valor p ≤ 0,05. Houve predomínio do sexo masculino (79,67%), da faixa etária 20-39 anos (67,32%), cor de pele branca (42,46%), da região Sudeste (40,45%) e no caráter de atendimento de urgência (81,57%). O valor médio de permanência de 21 dias e valor médio total (R$) de 14.301,10. O Nordeste teve o maior tempo de permanência (23,8 dias) e o maior valor médio de internação (R$1.163,95). Houve redução da taxa média geral de internações, no sexo masculino e nas faixas etárias de 15-19, 20-39 e acima de 80 anos no sexo masculino. Redução nas taxas de internações no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste. O perfil predominante das internações é de homens, de 20 a 39 anos, brancos, da região Sudeste e em caráter de atendimento de urgência. Observou-se tendência de diminuição das internações por substâncias psicoativas.