Políticas públicas para formação de professores no Brasil: formação ou conformação ao ideário do capital?

Autores/as

  • Julia Malanchen Unioeste - Foz do Iguaçu
  • Rita de Cássia Duarte Unesp - Araraquara

DOI:

https://doi.org/10.14295/momento.v27i2.8068

Palabras clave:

pedagogia histórico-crítica, formação de professores, educação a distância, teorias pedagógicas.

Resumen

A proposta desse artigo é analisar a política de formação destinada a professores que atuam na educação básica que nas últimas duas décadas vêm sendo oferecidas em sua maior parte pela iniciativa privada e via modalidade EaD (ensino a distância). Tendo por base os postulados do materialismo histórico e dialético contido na pedagogia histórico-crítica demarcamos nesse artigo a função social da escola, do professor e do currículo escolar no processo educativo. Asseveramos que as pedagogias hegemônicas que compõem o ideário pós-moderno, portanto, niilistas e pragmáticas ocupam os espaços acadêmicos e virtuais com teorias pedagógicas relativistas que privilegiam a adaptação dos indivíduos às exigências econômicas, políticas e culturais do capitalismo contemporâneo, comprometendo dessa maneira a formação docente.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Julia Malanchen, Unioeste - Foz do Iguaçu

Doutora em Educação Escolar pela UNESP/Araraquara (2014). Pós-doutorado em Educação e Currículo no Institute of Education University College London em Londres no Reino Unido (2017-2018).

Rita de Cássia Duarte, Unesp - Araraquara

Programa de Pós-graduação em Educação Escolar

Citas

BRASIL. Secretaria Da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em:

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15548-d-c-n-educacao-basica-nova-pdf&Itemid=30192, Último acesso em: 01/12/2016.

BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Currículos e Educação Integral. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15548-d-c-n-educacao-basica-nova-pdf&Itemid=30192.Último Último acesso em: 01/12/2016.

BRASIL, Presidência da República do. Medida Provisória nº 746, de 22 de Setembro de 2016: Institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e a Lei nº 11.494 de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, e dá outras providências. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=48601-mp-746-ensino-medio-link-pdf&category_slug=setembro-2016-pdf&Itemid=30192. Último acesso em: 01/12/2016.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Base da educação Nacional 9394 de 20 de dezembro de 1996. Brasília, 1996. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. Último acesso em: 01/12/2016.

DERISSO, Jose Luis. Luta de classes, trabalho docente e pedagogia histórico-crítica na educação escolar. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 5, n. 2, p. 47-58, dez. 2013. Dez. 2013.

DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. 8. Ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: MEC: UNESCO, 2003.

DUARTE, Newton. As pedagogias do “aprender a aprender” e algumas ilusões da assim chamada sociedade do conhecimento. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro: ANPED, n 18, p. 35-40, set.- dez. 2001.

______. Vigotski e o “Aprender a Aprender”: Crítica às Apropriações Neoliberais e Pós-Modernas da Teoria Vigotskiana. Campínas: Autores Associados. 2006.

______. O Debate Contemporâneo das teorias Pedagógicas. MARTINS, L.M.; DUARTE, N., (org.). Formação de professores: limites contemporâneos e alternativas necessárias [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010.

______. A formação humana na perspectiva histórico-ontológica. In: SAVIANI, Dermeval; DUARTE, Newton (Org.). Pedagogia histórico-crítica e luta de classes na educação escolar. Campinas: Autores Associados, 2012.

______. A Individualidade Para Si: Contribuição a uma teoria histórico-crítica da formação do individuo. Edição Comemorativa. Campinas, SP: Autores Associados, 2013.

______. A pedagogia histórico-crítica no âmbito da história da educação brasileira. In: PINHEIRO, A.C.F.; CURY, C.E.; ANANIAS, M. (Org.). Histórias da Educação brasileira: experiências e peculiaridades. João Pessoa: Editora da UFPB, V.1, p. 29-50. 2014.

______. Os Conteúdos Escolares e a Ressurreição dos Mortos: contribuição à teoria histórico-crítica do currículo. Campinas, SP: Autores Associados, 2016.

EVANGELISTA, Olinda. Formação de professores: um bem mercadejável? Florianópolis, SC: UFSC, 2016.

EVANGELISTA, Olinda; SEKI, Allan kenji; SOUZA, Artur Gomes. Formação docente no Brasil pós-2000: Lances de um massacre intelectual. Florianópolis, SC: UFSC, 2018.

MALANCHEN, Julia. Cultura, conhecimento e currículo: Contribuições da Pedagogia Histórico-Crítica. Campinas, SP: Autores Associados, 2016.

______. Políticas de Formação de Professores a distância no Brasil: uma análise crítica. Campinas, SP: Autores Associados, Coleção Formação de Professores. 2015.

MANDELI, Aline de Souza. Fábrica de professores em nível superior: a Universidade Aberta do Brasil (2003-2014). Dissertação de mestrado, defendida no Programa de pós-graduação da UFSC, 2014.

MARTINS, L.M., and DUARTE, N., orgs. Formação de professores: limites contemporâneos e alternativas necessárias [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. 191 p. ISBN 978-85-7983-103-4. Available from SciELO Books .

OLIVEIRA, Dalila Andrade. A Reestruturação do Trabalho Docente: precarização e Flexibilização. Educação e Sociedade. Campinas, vol. 25, nº. 89, 2004.

SALDAÑA, Paulo. Maioria dos estudantes de oito anos não sabe ler nem fazer conta direito. UOL Folha de S. Paulo. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2017/10/1930040-metade-dos-alunos-de-8-anos-tem-nivel-insuficiente-de-leitura-e-matematica.shtml >; Acesso em 08/03/2018.

SHALOM, David. Brasil levará ao menos 10 anos para sair de patamar indigente na Educação. Último Segundo (Blog). São Paulo, 14/02/2016. Disponível em: <http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2016-02-14/brasil-levara-ao-menos-10-anos-para-sair-de-patamar-indigente-na-educacao.html>; Acesso em: 12/09/2016.

SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. 36ª ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2003.

______. Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras Aproximações. 9ª ed. Campinas/Autores Associados, 2005.

Publicado

2018-08-17

Cómo citar

Malanchen, J., & Duarte, R. de C. (2018). Políticas públicas para formação de professores no Brasil: formação ou conformação ao ideário do capital?. Momento - Diálogos Em Educação, 27(2), 15–34. https://doi.org/10.14295/momento.v27i2.8068