Sei como sou? Análise dos processos metacognitivos utilizados pelos estudantes em situações de atividades escolares

Autores

  • Cleci Teresinha Werner Rosa Universidade de Passo Fundo http://orcid.org/0000-0001-9933-8834
  • Cassia de Andrade Gomes Ribeiro Universidade de Passo Fundo
  • Alvaro Becker da Rosa Universidade de Passo Fundo

DOI:

https://doi.org/10.14295/momento.v28i3.8213

Palavras-chave:

Pensamento metacognitivo. Autoimagem percebida. Tarefas de aprendizagem escolar.

Resumo

O presente trabalho tem por objetivo descrever um estudo sobre as formas como estudantes do ensino médio identificam recorrer aos seus processos metacognitivos durante a realização de atividades de aprendizagem, bem como confrontá-las com as manifestações detectadas por observadores externos em duas situações distintas. Para isso, recorre à aplicação de um questionário metacognitivo e, a partir dele, seleciona um grupo de estudantes que são analisados durante duas atividades. Os alunos participantes constituem dois grupos distintos, os que declaram recorrer aos processos de pensamento metacognitivo e os que admitem ter dificuldades para isso. Dos resultados se pode inferir que tais grupos não se mantêm distintos quando investigados frente aos novos instrumentos de pesquisa. Com isso, conclui-se que a amostra investigada apresenta dificuldades para identificar seus processos metacognitivos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cleci Teresinha Werner Rosa, Universidade de Passo Fundo

Professora e pesquisadora em Ensino de Física Doutora em Educação Científica e Tecnológica Docente do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação

Cassia de Andrade Gomes Ribeiro, Universidade de Passo Fundo

Graduada em Física-L Mestranda em Ensino de Ciências e Matemática na Universidade de Passo Fundo.

Alvaro Becker da Rosa, Universidade de Passo Fundo

Engenheiro Mecânico Meste em Ciências Professor do Curso de Física - L da Universidade de Passo Fundo

Referências

AKIN, A.; ABACI, R.; CETIN, B. The Validity and Reliability of the Turkish Version of the Metacognitive Awareness Inventory. Educational Sciences: Theory & Practice, v. 7, n. 2, p. 671-678, 2007.

BROWN, A. L. Metacognition, executive control, self-regulation, and other more mysterious mechanisms. In: WEINERT, F. E.; KLUWE, R. H. (Eds.). Metacognition, motivation and understanding. Hillsdale, New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 1987. p. 65-116.

CHI, M. T.; GLASER, R.; REES, E. Expertise in problem solving. In: STERNBERG, R. J. (Ed.). Advances in the psychology of human intelligence. v. 1. Hilsdale, N.J.: Erlbaum, 1982.

_____. et al. Self-explanations: How students study and use examples in learning to solve problems. Cognitive Science, v. 13, p. 145-182, 1989.

FLAVELL, J. H. Metacognitive aspects of problem solving. In: RESNICK, L. B. (Ed.). The nature of intelligence. Hillsdale, New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 1976. p. 231-236.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

GILOVICH, T. How we know what isn't so: the fallibility of human reason in everyday life. New York: The Free Press, 1991.

JARAMILLO, S.; OSSES, S. Validación de un Instrumento sobre Metacognición para Estudiantes de Segundo Ciclo de Educación General Básica. Estudios Pedagógicos, v. 38, n. 2, p. 117-131, 2012.

MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 7. ed. São Paulo: Hucitec, 2000.

MONEREO, C. La enseñanza estratégica: enseñar para la autonomía. In: _____. Ser estratégico y autónomo aprendiendo. Barcelona: Graó, 2001. p. 11-27.

OTERO, J. Question generation and anomaly detection in texts. In: HACKER, D. J.; DUNLOSKY, J.; GRAESSER, A. (Eds.). Handbook of metacognition in education. New York: Routledge, 2009. p. 47-59.

_____.; CALDEIRA, H.; GOMES, C. J. The influence of the length of causal chains on question asking and on the comprehensibility of scientific texts. Contemporary Educational Psychology, v. 29, n. 1, p. 50-62, 2004.

PORTILHO, E. M. L. As estratégias metacognitivas de quem aprende e de quem ensina. In: MALUF, M. I. Aprendizagem: tramas do conhecimento, do saber e da subjetividade. Petrópolis: Vozes, 2006. p. 47-59.

ROSA, C. T. W. A metacognição e as atividades experimentais no ensino de Física. 2011. Tese (Doutorado em Educação Científica e Tecnológica) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil.

_____.; PINHO-ALVES, J. Evocação espontânea do pensamento metacognitivo nas aulas de Física: estabelecendo comparações com as situações cotidianas. Revista Investigações em Ensino de Ciências, v. 17, n.1, p. 7-19, 2012.

_____.; OTERO, J. A influência da autoridade epistémica e da competência autopercebida no julgamento de estudantes sobre a compreensão da ciência. In ENCONTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, 16, 2015, Lisboa, Portugal. Anais... Lisboa, Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, 2015. p. 423-427.

_____.; SANTOS, A. C.; RIBEIRO, C. Pensamento metacognitivo em estudantes do ensino médio: elaboração, validação e aplicação de um instrumento. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA, 4, 2017, Santo Ângelo, Anais... Santo Ângelo, URI, 2017.

SCHRAW, G.; DENNISON, R. S. Assessing metacognitive awareness. Contemporary Educational Psychology, v. 19, n. 4, p. 460-475, 1994.

SCHUNK, D. H.; ZIMMERMAN, B. J. Self‐regulation and learning. Handbook of Psychology, 2003.

THOMAS, G. P. Metacognition in science education: past, present and future considerations. In: FRASER, B. J.; TOBIN, K.; MCROBBIE, C. J. (Eds.). Second international handbook of science education. Dordrecht: Springer, 2012. v. 24. p. 131-144.

TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1994.

VAN DEN BROEK, P. et al. The effects of readers’ goals on inference generation and memory for texts. Memory & Cognition, v. 29, n. 8, p. 1081-1087, 2001.

VAZ-REBELO, P. et al. Ignorancia consciente en el aprendizaje de las ciencias II: factores que influyen en lo que los alumnos saben que no saben. Enseñanza de las Ciencias: Revista de Investigación y Experiencias Didácticas, v. 34, n. 1, p. 91-105, 2016.

VEENMAN, M. V. J. Learning to self-monitor and self-regulate. In: MAYER, R. E.; ALEXANDER, P. A. (Eds.). Handbook of research on learning and instruction. New York, NY: Routledge, 2011. p. 197-218.

VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

WHITE, R. T. Metacognition. In: KEEVES, J. P. (Ed.). Educational research, methodology and measurement: an international handbook. Oxford: Pergamon Press, 1990. p. 70-75.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.

YOUNG, A.; FRY, J. D. Metacognitive awareness and academic achievement in college students. Journal of the Scholarship of Teaching and Learning, v. 8, n. 2, p. 1-10, 2008.

ZOHAR, A.; BARZILAI, S. A review of research on metacognition in science education: current and future directions. Studies in Science Education, v. 49, n. 2, p. 121-169, 2013.

Downloads

Publicado

2019-12-18

Como Citar

Rosa, C. T. W., Ribeiro, C. de A. G., & Rosa, A. B. da. (2019). Sei como sou? Análise dos processos metacognitivos utilizados pelos estudantes em situações de atividades escolares. Momento - Diálogos Em Educação, 28(3), 245–264. https://doi.org/10.14295/momento.v28i3.8213

Edição

Seção

Artigos de fluxo contínuo

Artigos Semelhantes

<< < 13 14 15 16 17 18 19 20 21 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.