RACISMO, EDUCAÇÃO E COVID-19

é possível uma educação libertária em tempos de ensino remoto?

Autores/as

  • Érika Elizabeth Vieira Frazão Universidade Federal Fluminense
  • Eleonora Abad Stefenson PPG Educação
  • Gustavo Junger da Silva UERJ

DOI:

https://doi.org/10.14295/momento.v30i02.13213

Palabras clave:

Educação democrática, Ensino remoto, Discriminação racial

Resumen

Este artículo tiene como objetivo inscribirse en las disputas políticas en torno a los significados de la escuela / educación pública democrática, aportando reflexiones sobre las posibilidades y desafíos de seguir pensando y defendiendo la educación democrática en el escenario de la pandemia y la crisis política, que ha acentuado exponencialmente los aspectos sociales, económicos y desigualdades raciales existentes en la sociedad brasileña. Debido al panorama de salud actual, varias experiencias de enseñanza a distancia han sido experimentadas por las escuelas, desdoblando en nuevos temas y readaptaciones para todo el sistema escolar. En este artículo analizaremos el entorno para la implementación de la enseñanza a distancia en la educación básica, así como esbozaremos algunos de los nuevos desafíos que se plantean a una perspectiva de la educación como práctica libertaria (FREIRE, 1967). Metodológicamente, el texto se dividió en tres partes. En el primero, nos centramos en el concepto de democracia en diálogo con autores que lo significan más allá del campo del liberalismo político (MOUFFE, GONZÁLEZ, ALMEIDA). En la segunda parte, presentamos y analizamos datos de la PNAD Continua TIC 2018 (IBGE, 2020) buscando comprender la realidad del país en el momento prepandémico en lo que respecta a las condiciones de vivienda, en particular el acceso a Internet, de los hogares brasileños inmersos. en un contexto de profundas desigualdades socioespaciales que marcan el territorio nacional (MARICATO, 2013). Finalmente, analizamos la situación de los estudiantes brasileños en el contexto actual y reflexionamos sobre las posibilidades de prácticas democráticas en otras relaciones entre escuelas y estudiantes. Posibilidades que se construyen más allá del acceso, contribuyendo a la superación del pasado colonial brasileño y la construcción de una auténtica democracia racial (MNU, 1979).

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Biografía del autor/a

Érika Elizabeth Vieira Frazão, Universidade Federal Fluminense

Érika Elizabeth Vieira Frazão é mulher negra, mãe, professora de história, doutora em Educação pelo PPGE-UFRJ (2018) e Mestre em Educação pelo PPGE/UFRJ (2014). Atualmente é Professora Adjunta de Relações Étnico-Raciais na Escola na Universidade Federal Fluminense (UFF). É líder do Laboratório de estudo de Relações Étnico-Raciais e Subjetividades (LabErês/UFF/CNPq) na Faculdade de Educação da UFF, cujo objetivo é reunir professores e estudantes em torno de pesquisas que visam descolonizar os currículos acadêmicos e escolares por meio de uma luta antirracista e feminista. Sou Membro do Grupo de Estudos Linguagem, Educação, Docência e Diversidade (GELEDD/UFF), Integrante do Laboratório de Ensino de História (LEH -UFF), do Projeto de Extensão Literatura, Infância e Formação (FE/UFF), Pesquisadora do Grupo de Estudos Currículo, Conhecimento e Ensino de História (GECCEH/UFRJ/CNPq).Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Ensino de História, atuando principalmente nos seguintes temas: relações étnico-raciais, currículo, feminismo negro, literatura negro brasileira, musicalidade antirracista, intelectualidade negra, subjetividades, teoria do discurso, democracia.

Eleonora Abad Stefenson, PPG Educação

Eleonora Abad Stefenson:Professora de História da Rede Estadual do Rio de Janeiro (SEEDUC-RJ)onde atua no Colégio Estadual Guilherme Briggs.Doutoranda em Educação pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal Fluminense(UFF)e mestre em Educação pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Possui graduação em Abi -História pela Universidade Federal Fluminense (2009), Especialização em Saberes e Práticas da Educação Básica -(eixo: Políticas Públicas e Projetos Sócio-Culturais em Espaços Escolares) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2012). Atuou como supervisora do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência(PIBID) na área de História (2014-2017).

Gustavo Junger da Silva , UERJ

Doutor em Geografia pelo Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro(PPGEO-UERJ/2014) é pesquisador associado ao Núcleo Interdisciplinar de Estudos Migratórios (NIEM), ao Observatório das Migrações Internacionais (OBmigra), e aoNúcleo de Estudos Água, Riscos e Territórios (NEART). Possui licenciatura e bacharelado em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) (2005), especialização em Relações Internacionais pela UniversidadeCândidoMendes(UCAM) (2010) e mestrado em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) (2014) . É técnico da Coordenação de População e IndicadoresSociais(Copis) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), ondefaz parte do Grupo de Trabalho sobre Habitação e Exclusão Habitacional.      

Citas

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Publicado

2021-11-19

Cómo citar

Frazão, Érika E. V., Stefenson, E. A., & Silva , G. J. da. (2021). RACISMO, EDUCAÇÃO E COVID-19: é possível uma educação libertária em tempos de ensino remoto? . Momento - Diálogos Em Educação, 30(02), 75–106. https://doi.org/10.14295/momento.v30i02.13213

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