A ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL RUMO A FORMAÇÃO EM SEXUALIDADE E GÊNERO: EXPLORANDO AS MOTIVAÇÕES DE PROFISSIONAIS DO RIO GRANDE DO SUL

Autores/as

  • Thaís Blankenheim Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul https://orcid.org/0000-0003-2761-1592
  • Natacha Fuhr Ramos Universidade Feevale
  • Adolfo Pizzinato Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Angelo Brandelli Costa Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.14295/de.v8i2.11603

Resumen

O presente artigo se propõe a explorar e discutir as motivações de profissionais da Educação Infantil para a formação e capacitação nas temáticas de sexualidade e gênero. Um questionário foi respondido por 96 participantes e as respostas foram analisadas através da frequência de palavras e de análise temática. Dos resultados emergiram dois principais temas para discussão: 1) a falta de conhecimento sobre sexualidade e gênero e 2) os atravessamentos da temática no contexto da Educação Infantil. O desenvolvimento de estratégias de capacitação/formação de professoras/es nessas temáticas é necessário para embasar as suas práticas cotidianas, proporcionar maior segurança em suas intervenções diárias - considerando a atual posição de vulnerabilidade dessas/es profissionais – e garantir a proteção dos direitos das crianças e das famílias que integram as instituições escolares.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Thaís Blankenheim, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Psicóloga Clínica e Escolar. Doutoranda em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Mestre em Diversidade Cultural e Inclusão Social pela Universidade Feevale/RS. Graduada em Psicologia pela Universidade Feevale/RS. Integrante do grupo de pesquisa Preconceito, Vulnerabilidades e Processos Psicossociais (PVPP) da PUCRS. Possui experiência em atendimentos de crianças, adolescentes e adultos e em atendimentos em grupos multidisciplinares e interdisciplinares. Ministra grupos de estudos direcionados à formação de estudantes e profissionais da Psicologia. Na área escolar, atua com foco em prevenção e promoção de saúde mental de crianças e adolescentes e formação de professores/as. Possui experiência na docência de cursos de extensão, graduação e pós-graduação (lato sensu).

Natacha Fuhr Ramos, Universidade Feevale

Graduada em Psicologia pela Universidade Feevale. É voluntária na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Estância Velha (APAE EV), realizando atendimento clínico com crianças e adolescentes. Foi voluntária do Projeto de Extensão Jovem Aprendiz Feevale. Foi voluntária de Iniciação Científica do Grupo de Pesquisa: Preconceito, Vulnerabilidade e Processos Psicossociais/PVPP da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), vinculada ao projeto: O preconceito contra diversidade sexual e de gênero na educação infantil: avaliação e intervenção com professoras/es?. Foi voluntária e bolsista do Grupo de Pesquisa: Psicologia, Subjetividade Contemporânea e Saúde Mental, com o projeto: O impacto do encarceramento nas relações psicossociais, comunitárias, afetivas e familiares dos indivíduos privados de liberdade e de seus familiares" da Universidade Feevale.

Adolfo Pizzinato, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Psicólogo (2001) e Mestre em Psicologia Social e da Personalidade pela PUCRS (2003). Doutor em Psicologia pela Universitat Autònoma de Barcelona (Prêmio Extraordinário de Tese Universitat Autònoma de Barcelona 2007-2008). Bolsista Produtividade em Pesquisa CNPq. Foi Vice-Presidente do CRP-07 e Presidente da Comissão de Orientação e Ética (2012-2013). Editor Associado da Revista Psicologia: Ciência e Profissão e Membro da Comissão Editorial das revistas Psicologia & Sociedade e Temas em Psicologia. Atualmente é Professor Adjunto do Departamento de Psicologia do Desenvolvimento e da Personalidade da UFRGS, Professor do Programa de Pós-Graduação em Psicologia e Coordenador da Residência Integrada em Saúde Mental Coletiva (2018-2019), da mesma Universidade. Coordena o NEPsiD - NÚCLEO DE ESTUDOS E INTERVENÇÃO PSICOSSOCIAL À DIVERSIDADE, cujos temas de interesse giram em torno da Psicologia Cultural, com ênfase em Relações Comunitárias e Processos Identificatórios, principalmente nos campos da infância/juventude, raça/etnicidade, gênero/sexualidade e inclusão social.

Citas

ARGENTI, Paula Camila; MILANI, Débora Raquel da Costa. Educação sexual e docência: as relações de gênero, a diversidade e a sexualidade dentro da escola. DOXA: Revista Brasileira de Psicologia e Educação, v. 19, n. 2, p. 212-223, jul./dez. 2017. Disponível em: <https://periodicos.fclar.unesp.br/doxa/article/view/10901>. Acesso em: 11 nov. 2019.

BEELMANN, Andreas; LUTTERBACH, Sebastian. Preventing Prejudice and Promoting Intergroup Relations. In: BENUTO, Lorraine T.; DUCKWORTH, Melanie P.; MASUDA, Akihiko; O’DONOHUE, William. (Eds.). Prejudice, Stigma, Privilege, and Oppression: A Behavioral Health Handbook. Suiça: Springer Nature, 2020. p. 309-326.

BRANDÃO, Elaine Reis; LOPES, Rebecca Faray Ferreira. “Não é competência do professor ser sexólogo”: O debate público sobre gênero e sexualidade no Plano Nacional de Educação. Civitas-Revista de Ciências Sociais, v.18, n. 1, p.100-123, jan./abr. 2018. Disponível em: < https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1519-60892018000100100&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 11 nov. 2019.

BRAUN, Virgínia; CLARKE, Victoria. Using thematic analysis in psychology. Qualitative Research in Psychology, v. 3, n. 2, p. 77-101, 2006. Disponível em: < https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1191/1478088706QP063OA>. Acesso em: 11 mai. 2020.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília: MEC/CONSED/UNDIME, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#infantil>. Acesso em: 04 mai. 2020.

CARVALHO, Rodrigo Saballa de.; GUIZZO, Bianca Salazar. Políticas curriculares de educação infantil: um olhar para as interfaces entre gênero, sexualidade e escola. Revista da FAEEBA-Educação e Contemporaneidade, v. 25, n. 45, p. 191-20, jan./abr. 2016. Disponível em: <http://www.revistas.uneb.br/index.php/faeeba/article/view/2294>. Acesso em: 17 mar. 2020.

CIRIBELLI, Carlos José de Moura; RASERA, Emerson Fernando. Construções de Sentido sobre a Diversidade Sexual: Outro Olhar para a Educação Infantil. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 39, n. 3, p. 1-15, 2019. Disponível em: <https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6978787>. Acesso em: 17 mar. 2020.

FELIPE, Jane. Gênero, sexualidade e a produção de pesquisas no campo da educação: possibilidades, limites e a formulação de políticas públicas. Pro-posições, v.18, n. 2, p. 77-87, mai./ago. 2007. Disponível em: <https://www.fe.unicamp.br/pf-fe/publicacao/2425/53-dossie-felipej.pdf>. Acesso em: 11 nov. 2019.

FERREIRA, Márcio Porciúcula. Currículo, gênero e sexualidade: questões indispensáveis à formação docente. Revista Margens Interdisciplinar, v. 9, n. 12, p. 37-56, 2016. Disponível em: <https://periodicos.ufpa.br/index.php/revistamargens/article/viewFile/2995/3043>. Acesso em: 17 mar. 2020.

GUIZZO, Bianca Salazar; FELIPE, Jane. Gênero e sexualidade em políticas contemporâneas: entrelaces com a educação. Roteiro, v. 41, n. 2, p. 475-490, mai./ago. 2016. Disponível em: <https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6195631>. Acesso em: 11 nov. 2019.

LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: Uma perspectiva pós-estruturalista.16ª edição. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2014. 184 p.

MISKOLCI, Richard; CAMPANA, Maximiliano. “Ideologia de gênero”: notas para a genealogia de um pânico moral contemporâneo. Sociedade e Estado, v. 32, n. 3, p. 725-747, set./dez. 2017. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-69922017000300725&script=sci_arttext>. Acesso em: 11 nov. 2019.

MOTTA, Darci Aparecida Dias; FAVACHO, André Márcio Picanço. Do silencio ao desconforto: a prática de educadoras da Educação Infantil diante da sexualidade das crianças. In: PARAÍSO, Marlucy Alves; CALDEIRA, Maria Carolina da Silva. (Orgs.). Pesquisas sobre currículos, gêneros e sexualidades. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2018. p. 241-259.

NEVES, Paulo Rogério da Conceição. Relações de gênero na escola: um debate ainda (mais) necessário. In: FINCO, Daniela; SOUZA, Adalberto dos Santos; OLIVEIRA, Nara Rejane Cruz de. (Orgs.). Educação e resistência escolar: gênero e diversidade na formação docente. São Paulo: Alameda Casa Editorial, 2017. p. 71-104.

NICOLINO, Aline. Gênero nos currículos de formação docente em Educação Física no Brasil. In: PARAÍSO, Marlucy Alves; CALDEIRA, Maria Carolina da Silva. (Orgs.). Pesquisas sobre currículos, gêneros e sexualidades. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2018. p. 73-91.

PORTO, Juliane dos Santos. Currículo, gênero e sexualidade: uma análise sobre as práticas discursivas e não discursivas que reforçam posições de gênero e sexualidade na escola. RELACult - Revista Latina-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade, v. 5, n. 4, abr. 2019. Disponível em: <http://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/1264/896>. Acesso em: 11 nov. 2019.

RIVADENEIRA, Anna W. et al. Getting our head in the clouds: toward evaluation studies of tagclouds. In: PROCEEDINGS OF THE SIGCHI CONFERENCE ON HUMAN FACTORS IN COMPUTING SYSTEMS, 2007. Montreal Quebec Quebec. Anais... Nova York: Association for Computing Machinery, 2007. p. 995-998.

RIZZA, Juliana Lapa; RIBEIRO, Paula Regina Costa; MOTA, Maria Renata Afonso. A sexualidade nos cursos de licenciatura e a interface com políticas de formação de professores/as. Educação e Pesquisa, v. 44, p.1-18, 2018. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-97022018000100316&script=sci_arttext>. Acesso em: 11 nov. 2019.

SILVA, Cristiane Gonçalves da. (2017). Sexualidade e diversidade sexual: diferenças, hierarquias e resistências. FINCO, Daniela; SOUZA, Adalberto dos Santos; OLIVEIRA, Nara Rejane Cruz de. (Orgs.). Educação e resistência escolar: gênero e diversidade na formação docente. São Paulo: Alameda Casa Editorial, 2017. p.105-132.

SHAI, Tamar Ascher. Taking a stand: The role of the early childhood teacher in educating against homophobia. Journal of Hate Studies, v. 9, n. 1, p.149–163, 2011. Disponível em: <https://jhs.press.gonzaga.edu/issue/10/file/20/#page=158>. Acesso em: 18 mai. 2020.

UNESCO. (2014). Orientações técnicas de educação em sexualidade para o cenário brasileiro: tópicos e objetivos de aprendizagem. Brasília: UNESCO, 2014. 53 p.

VIANNA, Cláudia. Políticas de educação, gênero e diversidade sexual – breve história de lutas, danos e resistências. Belo Horizonte: Autêntica, 2018. 112 p.

XAVIER FILHA, Constantina. Sexualidade e identidade de gênero na infância. Diversidade e Educação, v.3, n. 6, p.14-21, jul./dez. 2015. Disponível em: <https://periodicos.furg.br/divedu/article/viewFile/6375/4281>. Acesso em: 17 mar. 2020.

Descargas

Publicado

2021-01-15

Cómo citar

Blankenheim, T., Ramos, N. F., Pizzinato, A., & Costa, A. B. (2021). A ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL RUMO A FORMAÇÃO EM SEXUALIDADE E GÊNERO: EXPLORANDO AS MOTIVAÇÕES DE PROFISSIONAIS DO RIO GRANDE DO SUL. Diversidade E Educação, 8(2), 527–544. https://doi.org/10.14295/de.v8i2.11603

Número

Vol. 8 Núm. 2 (2020): Dossiê: Diversidade, gênero e sexualidade nas políticas públicas

Sección

Cotidiano da Escola

Licencia

Concedo a Revista Diversidade e Educação o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).

Afirmo ainda que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.

Também aceito submeter o trabalho às normas de publicação da Revista Diversidade e Educação acima explicitadas.