Uso de medicamentos potencialmente inapropriados para idosos em uma instituição de longa permanência
DOI:
https://doi.org/10.14295/vittalle.v33i3.13230Palavras-chave:
Idosos, polimedicação, Instituição de longa permanência, interações de medicamentosResumo
Vivemos uma mudança no perfil demográfico, o decrescimento da média de filhos por mulher, em contraponto com o aumento da expectativa de vida. Em um futuro próximo, uma grande parcela da população será composta por idosos. Este fato acarreta um problema de saúde pública, necessitando de um olhar cauteloso em relação a proteção e promoção da saúde do idoso. Sabe-se que com o passar dos anos a população tende a apresentar patologias características da idade, resultando em pacientes polimedicados e/ou fazendo uso de medicamentos inapropriados. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar as prescrições de 35 pacientes idosos residentes em uma instituição de longa permanência no Extremo Sul Catarinense, identificando o uso de medicamentos inapropriados conforme Critério de Beers e Start/Stop, além de pontuar possíveis interações medicamentosas. Com base nos dados obtidos, pode-se afirmar que 60% dos indivíduos são do sexo feminino, a maioria com idade entre 66 e 85 anos; 6% são portadores de polipatologias e 66% em uso de 5 a 10 medicamentos. Dos medicamentos utilizados 30% são inapropriados para idosos e 216 interações medicamentosas foram encontradas, destas, 91% tratam-se de interações moderadas e 9% de interações graves. A pesquisa possibilitou chamar a atenção dos profissionais de saúde demonstrando números elevados em relação a interações e uso de medicamentos impróprios, além de relatar o impacto dessa realidade e seus agravos na qualidade de vida do idoso.