Escola de princesas: estratégias ficcionais e discursos androcêntricos

Autores

  • Andreia Aparecida Marin Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Uberaba/MG, Brasil.
  • Stheffany Cruvinel Martins Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Uberaba/MG, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.14295/momento.v27i3.8163

Palavras-chave:

Mulher. Feminismo. Escola de Princesas. Representação. Androcentrismo.

Resumo

A presente escrita gira em torno de representações a respeito da mulher veiculadas no discurso inerente ao currículo das Escolas de Princesas. A necessidade de uma análise de tais representações se justifica pela suspeita de que fazem retroceder amplas discussões críticas sobre a construção social do conceito de mulher, sua objetivação e as contenções nela fundadas. A argumentação se desenvolve no sentido de demonstrar que a pedagogia das referidas escolas oculta ou ignora discussões feministas, tanto amparadas em Beauvoir, quanto em Butler, duas importantes pensadoras que influenciam vertentes dos feminismos contemporâneos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Andreia Aparecida Marin, Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Uberaba/MG, Brasil.

Grad. Ciências Biológicas/USP e Filosofia/UFPR. Dra em Ecologia e Recursos Naturais/UFSCar. Docente no Instituto de Educação, Letras, Artes e Ciências Humanas e Sociais/UFTM,

Stheffany Cruvinel Martins, Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Uberaba/MG, Brasil.

Grad.HIstória. UNiversidade Federal do Triângulo Mineiro,

Referências

BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo. Fatos e Mitos. 4ª ed. Difusão Européia do Livro, Paris: Gallimard, 1970.

BUTLER, Judith P. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

CALDIN, Clarice F. Vozes femininas nos contos de fadas: a experiência da fala falante. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v.11, n.2, p. 283-296, ago./dez., 2006.

FREITAS, Hyndara. Escola de Princesas ensina etiqueta, culinária e organização de casa a meninas de 4 anos. Estadão, São Paulo, 12 de out. 2016. Disponível em: https://emais.estadao.com.br/noticias/comportamento,escola-de-princesas-ensina-etiqueta-culinaria-e-organizacao-de-casa-a-meninas-de-4-a-15-anos,10000081544. Acesso em: 13 jul. 2018.

GOMES, Anderson. “A quem interessar possa”: entrevista com Marina Colasanti. Uniletras, Paraná, v. 29, n. 1, p. 162-169, dez. 2007.

HARARI, Yuval N. Sapiens: uma breve história da humanidade. Trad. Janaína Marcoantonio. Editora J&PM, 2014.

KNUPP, Antonio J. F.; RIPOLL, Daniela. Lições dos concursos infantis de beleza e da escola de princesas. In: Seminário Brasileiro de Estudos Culturais e Educação, 7., 2017, Canoas. Anais [...]. Canoas, 2017.

MARTINS, Maria Cristina. Histórias que nossas Mães não nos Contaram: o revisionismo feminista dos contos de fadas. Em Tese, Belo Horizonte, v. 10, p. 157-163, dez. 2006.

RAMALHO, Christina. Mulheres, princesas e fadas: a hora da desconstrução. Revista Gênero. v. 1, n. 2. p. 47-56, 2001.

SILVA, Gabriela; SILVA, Izabele C.; MACHADO, Rafaella. Marias vão com as outras: projeto de empoderamento feminino para meninas entre 10 a 14 anos. In: Seminário Internacional Fazendo Gênero, 13., 2017. Anais [...]. Florianópolis, 2017.

SMYL, Elaine B.O.; SANTOS, Marinês R. Cursos de "desprincesamento": estratégias feministas de resistência. In: Seminário Internacional Fazendo Gênero, 13., 2017. Anais [...]. Florianópolis, 2017.

XAVIER Fl., Constantina. Gênero e resistências em filmes de animação. Pro-Posições, Campinas, v. 27, n. 1 (79), pp. 19-36, jan./abr. 2016.

Downloads

Publicado

2019-01-29

Como Citar

Marin, A. A., & Martins, S. C. (2019). Escola de princesas: estratégias ficcionais e discursos androcêntricos. Momento - Diálogos Em Educação, 27(3), 132–153. https://doi.org/10.14295/momento.v27i3.8163