Raiva materna: construção discursiva da identidade de mãe na obra de Monica Isakstuen

Autores

  • Otávia Alves Cé Universidade Católica de Pelotas (UCPel)

Resumo

A desconstrução da glorificação da maternidade e da proposta imagem patriarcal de mãe como um símbolo sagrado é recorrente na literatura de autoria masculina, especialmente na eurocêntrica. Nesses textos a figura da mãe tende a ser compreendida como singular e homogênea, bem como costuma ser delegada a um papel secundário nas narrativas. Com a proliferação da autoria feminina, novas visões sobre essa categoria materna ganharam voz, não sendo incomum textos que se distanciam e subvertem a romantização da maternidade proposta durante muito tempo. Em busca de um desses exemplos de subversão, o presente artigo traz uma análise da construção da identidade discursiva do conceito de mãe apresentada no livro Raiva (2021) da autora norueguesa Monica Isakstuen (1976), focando na construção desse ethos por meio da descrição e percepções de corpo e das experiências sofridas pela personagem principal. A fundamentação teórica busca amparo na análise crítica do discurso (ACD), nos estudos de gênero e na teoria sobre performance.

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Publicado

07-04-2024

Como Citar

Alves Cé, O. (2024). Raiva materna: construção discursiva da identidade de mãe na obra de Monica Isakstuen. Cadernos Literários, 29(1), 129–136. Recuperado de https://furg.emnuvens.com.br/cadliter/article/view/16887